Informativo Eletrônico - Maio de 2016
- Cefet/RJ e instituições europeias desenvolvem máquina para exploração espacial
- Tocha olímpica será conduzida por estudante do campus Nova Iguaçu
- Campi Nova Friburgo e Petrópolis participam da elaboração de Inventário da Oferta Turística
- Robô prepara alunos para a prova do Enem
- Estudantes recebem medalhas da OBFEP
Cefet/RJ e instituições europeias desenvolvem máquina para exploração espacial
A criação de condições atmosféricas favoráveis à colonização humana em outros planetas é o objetivo de uma parceria firmada pelo Cefet/RJ com a Universidade Livre de Amsterdã, a Academia Willem de Kooning da Universidade de Ciências Aplicadas de Roterdã e a Agência Espacial Europeia. As instituições se uniram para desenvolver uma “máquina simbiótica para exploração espacial”, com a previsão do lançamento de um protótipo à Lua em 2019. O projeto conta com um financiamento de 235 mil euros (aproximadamente R$ 1 milhão) e será desenvolvido em dois anos.
A máquina simbiótica será composta por um material transparente biodegradável contendo um sistema de irrigação autônomo destinado ao cultivo de plantas e algas. A estrutura exercerá duas funções principais, cada uma com um ciclo de vida próprio. No primeiro ciclo de vida, a máquina irá inalar dióxido de carbono e exalar oxigênio, em um processo mediado pelo cultivo das plantas. No segundo, a estrutura irá colher o material exalado pelas plantas e algas como um material ativo para a fotossíntese que será realizada por células solares.
O projeto envolve quatro linhas de pesquisa. A expertise sobre o cultivo de plantas e algas, os aspectos químicos e físicos da fotossíntese e a construção das células biossolares está a cargo do grupo de biofísica LaserLab, da Universidade Livre de Amsterdã. O LaserLab também é responsável pela concepção e pesquisa da visualização de ecossistemas aéreos. O design dos módulos da máquina simbiótica é atribuição do laboratório Synergetica, da Academia Willem de Kooning. O Cefet/RJ coordena o desenvolvimento da engenharia mecânica da máquina.
“No Cefet/RJ, o projeto aliará pesquisa e ensino. Além dos docentes envolvidos, os alunos da graduação também terão a oportunidade de participar do desenvolvimento da engenharia mecânica da máquina simbiótica”, explica o vice-diretor, Mauricio Motta. Em sua avaliação, a participação no projeto internacional permite ao Cefet/RJ “cumprir sua função na sociedade, com o desenvolvimento de uma pesquisa de ponta de grande relevância”.
O projeto vai além dos objetivos espaciais, estabelecendo como meta também a melhoria das condições de vida na Terra. Como a biomáquina foi projetada para captar a energia fornecida por organismos fotossintéticos e ampliá-la, a proliferação de algas nocivas em locais como rios poluídos pode servir como fonte para acionar o mecanismo de fotossíntese da máquina, contribuindo para a purificação do ambiente.
Tocha olímpica será conduzida por estudante do campus Nova Iguaçu
O revezamento da tocha olímpica entre brasileiros de todo o país contará com um representante do Cefet/RJ. O estudante do segundo ano do curso técnico em Telecomunicações do campus Nova Iguaçu, Atos Edwin, conduzirá a chama em sua passagem pelo município, no dia 3 de agosto.
O campus foi indicado, junto com outras instituições públicas de ensino fundamental e médio do Brasil, pelo Ministério da Educação (MEC). O critério adotado, de acordo com o MEC, foi “a qualidade da educação, comprovada pelos indicadores educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)”. A seleção das escolas de ensino médio foi realizada com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014, ano em que o campus Nova Iguaçu obteve a melhor pontuação entre as instituições públicas do município.
“A participação em um evento desse porte é mais um indicativo do trabalho de qualidade realizado no campus, não só em termos pedagógicos e acadêmicos, mas também no incentivo às atividades de protagonismo estudantil. Temos uma grande preocupação em fomentar atividades nas quais os alunos possam estar inseridos e que contribuam tanto para a sua formação acadêmica como para a sua formação cidadã”, afirma a diretora do campus Nova Iguaçu, Luane Fragoso.
A seleção de um aluno para representar a instituição foi realizada em um concurso de redação com o tema “O Brasil e os Jogos Olímpicos”. Atos decidiu escrever sobre o potencial inclusivo das paralimpíadas. “Procurei exprimir tudo que espero da sociedade: menos preconceito, menos desigualdade e mais amor, admiração e superação. Falei sobre a evolução que espero a partir das Paralimpíada Rio 2016, citando as formas como o esporte pode ajudar uma pessoa com deficiência, em sua autoestima, em sua recuperação física e até mesmo em sua reintegração à sociedade.”
Atos espera ansioso pelo grande dia e sente-se honrado em ser um dos brasileiros escolhidos para o revezamento. “Carregar a chama olímpica significa representar seus ideais, inclusive aqueles que citei em minha redação.”
A tocha olímpica está percorrendo o Brasil desde o dia 3 de maio e chega ao seu destino final, o estádio do Maracanã, no dia 5 de agosto. O trajeto em território brasileiro inclui 335 cidades e perfaz um total de 20 mil quilômetros. Ao longo desse itinerário, a chama passará pelas mãos de mais de 12 mil brasileiros.
Campi Nova Friburgo e Petrópolis participam da elaboração de Inventário da Oferta Turística
Os cursos superiores de Turismo dos campi Nova Friburgo e Petrópolis participam da elaboração do Inventário da Oferta Turística na região da Serra Verde Imperial. O levantamento tem o objetivo de mapear os equipamentos, os serviços, os atrativos turísticos e a cadeia produtiva do segmento em 23 municípios do estado do Rio de Janeiro. O projeto é desenvolvido pela Faculdade de Turismo e Hotelaria da Universidade Federal Fluminense (UFF) junto com a Secretaria de Estado de Turismo (SETUR) do Rio de Janeiro.
O Cefet/RJ foi responsável pela pesquisa de campo nos municípios de Nova Friburgo, Teresópolis, Cachoeiras de Macacu e Petrópolis. Uma equipe de 15 alunos do curso de Tecnologia em Gestão de Turismo do campus Nova Friburgo percorreu as três primeiras cidades, coletando dados e tirando fotos. Em Petrópolis, o inventário foi feito por oito alunos do bacharelado em Turismo do campus do Cefet/RJ no município. A atividade foi realizada entre os dias 17 e 31 de maio.
A diretora do campus Nova Friburgo e coordenadora do inventário na região da Serra Verde Imperial, Bianca Tempone, enfatiza que a participação no levantamento é institucionalmente relevante “não só pelo que significa o mapeamento, mas também por fortalecer a parceria com outras instituições de ensino, no caso a UFF, e por permitir que os alunos desenvolvam atividades práticas relacionadas a sua futura profissão”.
A pesquisa de campo nas quatro cidades foi organizada e supervisionada pelo pesquisador sênior Yuri Ribas. Aluno do sexto período do curso de Tecnologia em Gestão de Turismo do campus Nova Friburgo, Yuri conta que o trabalho exigiu muita dedicação, pois o inventário abarcou cerca de dois mil equipamentos. Em sua primeira experiência com pesquisa, o estudante percebeu a importância do gerenciamento para a atividade. “O bom planejamento define o sucesso ou não da pesquisa. Apesar de adversidades como o mal tempo e a necessidade de percorrer grandes distâncias em estradas de terra, conseguimos finalizar a pesquisa no prazo”, afirma.
Os dados coletados serão submetidos a análises quantitativas e qualitativas pela equipe da UFF. O banco de dados resultante será apresentado à SETUR. O órgão espera utilizá-lo na formulação de projetos e políticas públicas para a área de turismo.
Robô prepara alunos para a prova do Enem
Um robô controlado por software é o novo aliado dos estudantes na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Idealizado no curso de Ciência da Computação do campus Maracanã, o robô reage, com movimentos, aos acertos e erros de questões da prova.
A interação é realizada via celular. O estudante escolhe uma disciplina para avaliação. O robô sorteia, aleatoriamente, uma questão para ser respondida. Se a resposta dada estiver correta, o robô se move para a frente; se estiver errada, para trás. A intensidade dos movimentos também varia de acordo com o nível de complexidade da questão: quanto mais difícil for, maior é o avanço ou o recuo do robô.
O aluno do 6° período do bacharelado em Ciência da Computação Raphael de Melo, integrante da equipe de programação do robô, explica ainda que o “brinquedo inteligente” pode ser usado tanto por uma única pessoa quanto em competições coletivas. Raphael realizou uma competição com alunos do Cefet/RJ e percebeu “a importância do efeito lúdico para incentivar os estudos”.
O software desenvolvido para controlar o robô pode ser usado na preparação para outras avaliações, como a Prova Brasil, aplicada a alunos do ensino fundamental. O programa está sendo patenteado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
A primeira versão do robô foi construída com o modelo lego mindstorms NTX, disponível no mercado. Mas o professor de Informática responsável pelo projeto, João Quadros, adianta que a equipe já trabalha na criação de um dispositivo próprio, que será patenteado em conjunto com o software.
Estudantes recebem medalhas da OBFEP
O Cefet/RJ foi destaque na solenidade de premiação da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas 2015 (OBFEP 2015). Dez alunos da instituição conquistaram medalhas na disputa nacional. Na competição estadual, que possui critérios distintos, quatro foram contemplados com medalhas e oito com Menção Honrosa. A entrega dos prêmios foi realizada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no dia 11 de maio.
Na avaliação do professor e coordenador das competições de Física no Cefet/RJ, Wagner Souza, “mais importante do que a análise quantitativa, é uma análise qualitativa. A experiência de participar de uma olimpíada científica e ser medalhista tem um impacto muito positivo na vida e na carreira dos alunos”.
O estudante do terceiro ano do curso técnico em Mecânica Felipe Aleixo concorda com o docente. Felipe participa da competição desde o primeiro ano e considera que “cresceu muito” no período. A principal contribuição das Olimpíadas para sua vida foi “o desenvolvimento de um senso para a aplicação do conhecimento de forma prática e útil”. O primeiro prêmio do aluno na OBFEP veio em 2014, com a Menção Honrosa. Em 2015, conquistou ouro na competição nacional e bronze na estadual. “Passar da Menção Honrosa para o ouro é muito emocionante”, comemora Felipe.
Também medalhista das competições nacional (prata) e estadual (bronze) de 2015, o estudante Ítalo Paiva destaca a importância do apoio e da colaboração mútua para o resultado. Colega de sala de Felipe, Ítalo conta que, “desde o primeiro ano, nossa turma tem uma união muito forte no quesito acadêmico. Sempre apoiamos um ao outro”. O estudante espera que o exemplo possa estimular os calouros a se envolverem com as olimpíadas científicas.
Premiação da OBFEP 2015 nacional
Premiação da OBFEP 2015 estadual
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